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Mostrando postagens de agosto, 2009

Novos ares

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Dizem que amigos não se perde. Não é verdade. Eu sei que não é. As coisas não estavam b em. Eu podia sentir o ar pesado, massacrando meu corpo quando estava perto dela. Era como se uma força emanasse dela, em direção a mim, me impelindo para longe, bem distante. Eu já notara havia dia s, e queria saber o que acontecer a. N ão sou do tipo de homem que guarda para si todas as angústias e medos. Sempre fui aberto e consegui expor a todos o que sentia, e dizer a todos tudo o q ue me chateava. Sempre pareceu mais fácil manter uma relação assim. Com ela era tão fácil ser sincero. Era uma amiga verdadeira, pelo menos para mim. Me ajudava, e compreendia. Mas agora, estava distante. A distância me incomodava. Sempre penso que se uma pessoa mantem um raio de distância a mim, é porque a culpa é minha. E eu tinha que descobrir o que estava havendo. Não dava mais para esperar. “Está tudo bem com você? Você anda tão distante. Eu te fiz alguma coisa, magoei você de alguma forma?” “Está tudo bem”

O ladrão de Chocolates

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Era um almoço solitário. Eu havia ido ao restaurante sozinha, e não há nada mais triste do que almoçar sozinha – a gente pensa em tudo e nada ao mesmo tempo, gasta tempo demais pensando em baboseiras enquanto enfia garfadas de comida guela abaixo, até limpar todo o prato que antes estava cheio de cores. Comi. Bebi meu suco. Paguei minha conta, e como sobremesa, me dei um bombom “Alpino”, daqueles bem pequenos, mas gordinhos e macios, com o sabor único que o chocolate pode ter. Estava prestes a deixar o restaurante, com meu bombom em mãos, quando avisto um grupo de amigos almoçando em um outro canto do local. Fui convidada a me juntar a eles, e me juntei. Alguns já haviam acabado de comer, outros estavam nos momentos finais... Conversa vai, conversa vem, o papo deu uma trégua e eu me lembrei do bombom que ainda segurava. Feliz, descasquei aquela embalagem dourada com cuidado, como se de dentro dela fosse sair um bombom de ouro. Retirei o papel, e com todo cuidado de quem deseja degustar

Que paciência, que nada!

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Alguém já percebeu que toda vez que estamos estressados, prestes a matar um que atravesse aquela linha invisível que construímos quando estamos com raiva, pensamos em deus e pedimos paciência? Pois bem. Eu descobri que pedir paciência não é a melhor solução. Aliás, descobri que quanto menos a gente pede, melhor, porque a gente nunca gosta do que recebe em troca. Se pedimos paciência, ele manda um daqueles problemas (ou pessoas mesmo) bem encardidos pra testar você ao máximo – óbvio! Deus nunca dá nada de mão beijada, então ele não iria iluminar você, colocar aquela musiquinha “oohhhh” de fundo e falar “Pronto, meu filho, eu te concedo o dom da paciência”. E BUM! Você se torna paciente. Então, o que ele faz? Ele manda um problemão que, se você conseguir solucionar, vai ser porque teve paciência. Lindo, não é? Você já estava soltando fogo pela boca de nervoso, e chega mais um problema pra atazanar. Mas fazer o quê? Foi você que pediu... É como pedir força. A gente pede força e espera por

Gripe etílica, neurose suína

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Alguém já parou para pensar como esse novo vírus, que nem é tudo aquilo que todos esperavam que fosse, foi capaz de incorporar as normas básicas de higiene na população? Essa onde de globalização da doença está transformando a população em um bando de loucos por esterilização: A mídia manipula as informações que divulga, e o povo simplesmente se apavora. Essa onda de limpeza, pra mim, começou quando aquele infeliz difamador da classe dos biomédicos – o tal do “Dr. Bactéria” – começou a divulgar no fantástico que nem tudo é tão “limpinho” quanto parece. Começou a dizer que não pode lavar alface e guardá-la lavada, que tábua de carne e “mexedores” de madeira são um mundo de fungos e bactérias... E o povo começou a se desesperar, com medo da ameaça invisível e microscópica dos “germes”. O problema é que ninguém nunca parou para pensar em como isso SEMPRE esteve presente em nosso mundo e raramente nos afetou. Tudo bem, uma infecçãozinha gástrica ou uma virose de vez em quando são comuns, a

PALMITO!

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Há quem não acredite em telepatia. Eu mesma era bem assim, descrente dessa sandice toda de leitura mental. Acreditava em sintonia, mas nunca nessa história de que um fulano pode transmitir o pensamento pro ciclano. Pois bem, essa era eu. Descrente. E como todo descrente de qualquer coisa, sempre acontece algo extremamente bizarro que te faz enxergar aquilo que você não queria ver. Comigo, a culpa foi do palmito. Era um começo de manhã, acredito que por volta de 6h. Eu dormia esparramada em minha cama, sonhando com algo que realmente me fazia feliz e me deixava satisfeita no sonho, eis que... No meio do MEU sonho feliz, aparece minha mãe. – Sério, mãe sempre aparece pra acordar a gente na hora errada, mas dessa vez ela sequer teve o prazer de abrir minha porta: simplesmente entrou no meu sonho, fez com que o meu “background” evaporasse como fumaça no céu, e começou: “Helô, eu quero fazer uma torta amanhã e não sei do que faço...” Eu olhei pra ela, pensei e respondi “F