A Lua...
Era fim de tarde, durante aquela hora crepuscular em que o sol agoniza, luta e desafia a escuridão, mas não consegue vencer a força da noite. O azul do céu era denso, forte, mas ainda alaranjado com os gritos de sol.
Na imensidão de cores, no mar azul-negro do céu, nuvens claras e sombreadas tomavam espaço, ganhavam formas curtas e esparsas, tilintando o véu com pontos claros no fim da tarde. O sol brilhava naquela água suspensa, destacava aquele acúmulo de gotículas, como uma pintura ilusionista, realçando o relevo, mas mascarando os limites.
Não era o anoitecer mais belo. Era triste. As cores eram tristes. Os arranjos eram tristes. Os tons alternavam de azul para cinza e depois para ocre, numa constância nauseante e imutável.
Mas ali, logo ali no horizonte, por trás de um filete grafite de nuvens, iluminava o céu a lua esplêndida. Diante de toda aquela natureza morta que tomava o céu da tarde, destacava-se ao longe, grande e majestosa, a lua. Era a luz. Era uma bola no céu, harmonizando o momento. Uma esfera amarela reluzente, quase branca, vibrando por trás das nuvens cinzas, num céu azul-negro.
Lua cheia. Aquela lua em que se podem ver as manchas, e imaginar como seria estar naquela gravidade suave, naquele terreno inóspito. A lua em que se vêem coelhos, feições, borrões. A lua que parece maior que o céu.
Era a harmonia da noite.
Derrotou o sol.
Tomou a noite.
A lua...
Na imensidão de cores, no mar azul-negro do céu, nuvens claras e sombreadas tomavam espaço, ganhavam formas curtas e esparsas, tilintando o véu com pontos claros no fim da tarde. O sol brilhava naquela água suspensa, destacava aquele acúmulo de gotículas, como uma pintura ilusionista, realçando o relevo, mas mascarando os limites.
Não era o anoitecer mais belo. Era triste. As cores eram tristes. Os arranjos eram tristes. Os tons alternavam de azul para cinza e depois para ocre, numa constância nauseante e imutável.
Mas ali, logo ali no horizonte, por trás de um filete grafite de nuvens, iluminava o céu a lua esplêndida. Diante de toda aquela natureza morta que tomava o céu da tarde, destacava-se ao longe, grande e majestosa, a lua. Era a luz. Era uma bola no céu, harmonizando o momento. Uma esfera amarela reluzente, quase branca, vibrando por trás das nuvens cinzas, num céu azul-negro.
Lua cheia. Aquela lua em que se podem ver as manchas, e imaginar como seria estar naquela gravidade suave, naquele terreno inóspito. A lua em que se vêem coelhos, feições, borrões. A lua que parece maior que o céu.
Era a harmonia da noite.
Derrotou o sol.
Tomou a noite.
A lua...
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"Mente quem diz que a lua é velha
Mente quem diz..."
"Mente quem diz que a lua é velha
Mente quem diz..."
A lua estava linda mesmo nesses últimos dias. Não sei como alguém ainda pode duvidar de que Deus existe, nessas horas. Beijo!
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